Como a Transformação Digital Está Moldando a Nova Realidade das Empresas Tradicionais
Modernização de processos e uso de tecnologia elevam competitividade em setores antes estagnados

Enquanto muitas empresas ainda enfrentam as consequências da pandemia e da instabilidade econômica dos últimos anos, um movimento silencioso — mas altamente eficaz — vem ganhando força entre negócios que buscam renovação: a transformação digital aplicada à realidade de empresas tradicionais.
E, segundo Rosenilda Oliveira Alves de Lucca Costa, administradora e empresária com mais de 20 anos de experiência, essa transição não é mais uma tendência — é uma necessidade inadiável.
“Digitalizar não significa apenas automatizar tarefas. É repensar o modelo de negócio com base em dados, integrar áreas que antes operavam isoladamente e permitir que decisões sejam tomadas com velocidade e inteligência”, explica Rosenilda, que implementou sistemas integrados de gestão (ERP), plataformas de inteligência comercial e protocolos digitais de atendimento ao cliente nas duas empresas.
Na Gape Eletrônica, empresa com mais de duas décadas no segmento de segurança eletrônica, a transformação começou com a migração de processos manuais para um ERP customizado. “Havia muita informação dispersa: contratos, manutenção, equipes externas. Ao digitalizar tudo isso, conseguimos melhorar o atendimento, reduzir retrabalho e aumentar a previsibilidade financeira”, conta.
O impacto foi direto nos resultados: 15% de crescimento anual contínuo, liderança no mercado regional e melhora expressiva nos índices de satisfação do cliente.
Já na Best Vision, especializada em soluções para o setor financeiro, a digitalização teve outro foco: inteligência de dados e controle de compliance. “Trabalhamos com inclusão de dados em plataformas regulatórias. Implementamos dashboards em tempo real, alertas automatizados e workflows validados digitalmente. Isso nos permitiu entregar mais rápido, com mais precisão e segurança”, afirma Rosenilda.
Segundo ela, o erro mais comum entre empresas tradicionais é confundir digitalização com complexidade. “O digital só funciona se estiver alinhado com a cultura da empresa. Começamos com pequenas automações, mostramos os ganhos e só depois avançamos para soluções mais robustas.”
Além da atuação prática, Rosenilda reforça que a liderança precisa ser o vetor da mudança. Formada em Administração pela Universidade São Marcos, com especializações em Empretec (ONU) e programas do Sebrae, ela acredita que nenhum sistema funciona sem alinhamento entre estratégia e pessoas.
“Você pode ter o melhor software do mundo. Mas se a liderança não estiver comprometida e o time não entender o ‘porquê’ das mudanças, o sistema vira um custo, não um investimento. A transformação digital começa pela mente, não pela máquina.”
Com esse perfil técnico e humanizado, Rosenilda se tornou referência em gestão estratégica para pequenas e médias empresas que buscam modernização sem perder identidade. Para ela, o futuro dos negócios tradicionais passa, obrigatoriamente, pela capacidade de adaptar-se e liderar com visão.
“Transformação digital não é um projeto. É uma filosofia de evolução contínua.”
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