Formar-se em Psicologia com nota máxima da turma em Harvard, uma das universidades mais conceituadas no mundo, era inimaginável para a goianiense Sarah Borges quando ela tinha 17 anos. Aos 23, ela alcançou não apenas o feito, mas também recebeu o prêmio Sophia Freund, concedido aos estudantes da instituição americana que alcançam as melhores médias gerais.

Além de Sarah, outros 53 alunos — todos estrangeiros — receberam a honraria. Os talentos foram reconhecidos entre cerca de 1.960 formandos de 94 países. A goianiense foi a primeira brasileira selecionada desde a criação do prêmio em 1964.

Nas redes sociais, Sarah contou um pouco de sua trajetória acadêmica. Antes de ingressar em Harvard com apoio de uma bolsa de estudo concedida pela Fundação Estudar, chegou a iniciar o curso de Medicina na USP (Universidade de São Paulo). “Essas conquistas não surgiram de repente, mas de uma paixão pelos estudos cultivada desde pequenininha.”

Em seu último ano na universidade americana, foi selecionada para a Phi Beta Kappa, uma sociedade de honras acadêmicas fundada em 1776 nos Estados Unidos. A entidade reconhece cerca de 10% dos estudantes da classe que demonstram excelência intelectual.

A jovem também atuou em iniciativas de impacto social. Uma delas foi a Associação para Cultivo da Democracia Inter-Americana, em que Sarah participou por três anos. “No último ano, tive a alegria de servir como co-presidente e ajudar a trazer cerca de 450 estudantes de 10 países latino-americanos ao Brasil.”

A passagem por Harvard foi encerrada com uma tese — que no Brasil seria equivalente ao TCC (Trabalho de Conclusão de Curso) —  com foco nos caminhos para melhorar o acesso à saúde mental para os jovens brasileiros. Segundo Sarah, o trabalho a aproximou de pesquisadores e organizações que atuam no tema, considerado por ela como “urgente e essencial”.

Agora, Sarah Borges vai para a Universidade de Cambridge, no Reino Unido, onde vai cursar o doutorado em Psiquiatria com apoio da bolsa Gates Cambridge Scholarship. “Pretendo continuar investigando melhores formas de entender, prevenir e tratar problemas de saúde mental no Brasil e no mundo”.

Quem é a primeira brasileira que se formou com nota máxima em Harvard