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São Paulo,27/12/2025

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Guiné-Bissau suspende participação em "todas as atividades da CPLP"

noticiasaominuto.com
Guiné-Bissau suspende participação em "todas as atividades da CPLP"

A decisão foi comunicada numa carta endereçada ao secretariado da CPLP, consultada pela Lusa nas redes sociais, onde o Ministério dos Negócios Estrangeiros guineense justifica a medida com a alegada exclusão do país de reuniões e processos de tomada de decisões nas estruturas da CPLP.


 

O governo de transição, criado pelos militares que protagonizaram o golpe de Estado na Guiné-Bissau no dia 26 de novembro último, considera que a postura da organização que junta os países lusófonos "fere o princípio da igualdade soberana entre os Estados-membros, consagrado nos estatutos".


"As decisões da CPLP não têm sido acompanhadas de fundamentação clara, transparência processual e mecanismos de acompanhamento de modo a garantir a legitimidade e eficácia das ações adotadas pondo em causa a sua transparência e credibilidade", refere na carta.


No documento realça ainda que constitui "afronta grave o desrespeito pela presidência da CPLP exercida (atualmente) pela Guiné-Bissau" por isso o país se vai afastar da organização até que sejam restabelecidos plenamente o cumprimento rigoroso dos estatutos.


O governo guineense nota que esta sua decisão "firme e categórica" reflete a determinação do país em defender a sua soberania e exigência ao cumprimento integral dos princípios que regem a CPLP.


A Guiné-Bissau está suspensa da CEDEAO, assim como de outra organização regional, a União Africana, consequência do golpe de Estado em 26 de novembro, quando um Alto Comando Militar tomou o poder, destituiu o Presidente, Umaro Sissoco Embaló, que deixou o país, e suspendeu o processo eleitoral.


O Conselho de Ministro das Comunidades dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) também recomendou aos chefes de Estado a suspensão do país naquela organização.


As eleições gerais, presidenciais e legislativas, tinham decorrido sem incidentes, mas na véspera da divulgação dos resultados oficiais, um tiroteio em Bissau antecedeu a tomada do poder pelo Alto Comando Militar que nomeou o Presidente de transição, o general Horta Inta-A.


O general anunciou que o período de transição terá a duração máxima de um ano e nomeou como primeiro-ministro e ministro das Finanças Ilídio Vieira Té, antigo ministro de Embaló.


Um novo Governo de transição foi, entretanto, empossado, com nomes do executivo deposto e cinco militares entre os 23 ministros e cinco secretários de Estado.


No golpe, o líder do PAIGC, Simões Pereira, foi detido e a tomada de poder pelos militares está a ser denunciada pela oposição como uma manobra para impedir a divulgação dos resultados eleitorais.


Leia Também: Junta militar promulga Carta Política de Transição que suspende Constituição




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