Seja bem-vindo
São Paulo,09/05/2025

  • A +
  • A -
Publicidade

A Evolução do Martelinho de Ouro: De Técnica Artesanal à Especialidade de Alta Performance

Com a inserção de métodos científicos e o uso de ferramentas de engenharia, o tradicional martelinho de ouro ganha reconhecimento como técnica de precisão com aplicação internacional.

Agência News
A Evolução do Martelinho de Ouro: De Técnica Artesanal à Especialidade de Alta Performance Reprodução

Considerado por muito tempo uma técnica meramente artesanal, o martelinho de ouro passou por uma transformação silenciosa — e agora desponta como uma especialidade técnica de alto valor no mercado automotivo global. O que antes era baseado majoritariamente na sensibilidade do operador, hoje começa a ser estruturado com fundamentos de engenharia, análise estrutural e simulações aplicadas.


De acordo com o relatório Global Paintless Dent Removal (PDR) Market 2023 da empresa de pesquisa Market Research Future (MRFR), o mercado global de reparo automotivo sem pintura (Paintless Dent Repair – PDR) movimenta aproximadamente US$ 5,12 bilhões por ano, com projeção de crescimento anual composto (CAGR) de 6,8% até 2030. O avanço é impulsionado por consumidores que priorizam reparos não invasivos, preservação da pintura original e técnicas de alta precisão — especialmente em países como Alemanha, Reino Unido, Itália, EUA e Japão.


No Brasil, a técnica é amplamente praticada há décadas, mas são poucos os profissionais que têm se destacado por aplicar conhecimento científico ao processo de reparo, como é o caso do engenheiro aeroespacial Thuã Bertuol, referência internacional na fusão entre engenharia e execução técnica.


“O martelinho de ouro deixou de ser uma técnica empírica quando começamos a aplicar análise de impacto, tensão residual e comportamento elástico dos materiais”, afirma Bertuol. “A engenharia permite entender o que está acontecendo por trás da deformação e antecipar a melhor forma de corrigi-la sem comprometer a estrutura da peça.”


Segundo ele, esse entendimento técnico reduz o risco de retrabalho, aumenta a previsibilidade do resultado e qualifica o serviço para um público mais exigente — o que tem aberto portas para profissionais brasileiros no mercado europeu.


Thuã Bertuol, Engenheiro Aeroespacial


Thuã também destaca que a formação acadêmica foi um diferencial competitivo: além das simulações realizadas durante sua graduação, ele complementou sua formação com cursos de SolidWorks, Python, Excel avançado e machine learning, o que ampliou sua capacidade de criar soluções personalizadas para diferentes situações de dano automotivo.


“A evolução da técnica passa, obrigatoriamente, pela profissionalização e pela ciência. O futuro do martelinho de ouro está na precisão milimétrica, no domínio técnico e na integração com tecnologias como scanners 3D e simulação de impacto. Isso já é realidade em algumas oficinas da Europa”, complementa.


Para especialistas, o movimento atual é só o começo. À medida que as exigências do setor automotivo crescem, tanto em design quanto em performance, o mercado tende a valorizar profissionais com formação técnica robusta e visão científica do processo. A prática do martelinho de ouro, ao se tornar uma especialidade de alta performance, ocupa agora um novo espaço — mais próximo da engenharia de campo do que da simples funilaria.




COMENTÁRIOS

Buscar

Alterar Local

Anuncie Aqui

Escolha abaixo onde deseja anunciar.

Efetue o Login

Recuperar Senha

Baixe o Nosso Aplicativo!

Tenha todas as novidades na palma da sua mão.