Em um cenário de saturação publicitária, consumidores mais exigentes e engajamento fragmentado, o diferencial competitivo das marcas está cada vez menos nos produtos e mais na capacidade de contar histórias com propósito real. O conceito de storytelling de marca, antes visto como um recurso estético complementar, tornou-se um dos pilares centrais de diferenciação, fidelização e valor percebido.

Um estudo recente do Instituto Qualibest, publicado em setembro de 2023, 74% dos consumidores brasileiros afirmam se sentir mais conectados a marcas que comunicam claramente seus valores e compartilham histórias autênticas. Além disso, 61% disseram já ter trocado uma marca tradicional por outra menor ou independente, justamente por se identificar mais com seu posicionamento emocional e cultural.

Luiz Corrêa, Especialista em Branding e Fundador da Marca Hoy, Ahoy!

Essa mudança de comportamento tem impulsionado o crescimento de marcas que investem em branding com profundidade, comunicação humanizada e presença digital coerente. É nesse contexto que profissionais como Luiz Felipe Araújo Corrêa, especialista em branding e fundador da marca Hoy, Ahoy!, ganham destaque.

“Storytelling não é uma embalagem bonita em torno do produto. É o que sustenta a marca em todos os pontos de contato”, afirma Luiz. Para ele, as marcas que mais crescem hoje são aquelas que sabem por que existem e conseguem traduzir esse ‘porquê’ de forma clara, sensível e consistente.

Questionado sobre como a narrativa se transforma em resultado, Luiz destaca dois aspectos: vínculo e confiança. “Quando a história é verdadeira e bem contada, ela gera conexão. Essa conexão se transforma em repetição de compra, em recomendação, em lembrança. E isso é mais durável do que qualquer ação de tráfego pago”, explica.

A trajetória da Hoy, Ahoy! comprova essa visão: mesmo sem aportes externos ou campanhas massivas, a marca dobrou seu faturamento anual ao longo dos anos com base em crescimento orgânico e fortalecimento de comunidade. Para Luiz, esse crescimento foi consequência direta da coerência entre discurso e prática: “As pessoas compram uma peça, mas continuam porque se identificam com o universo da marca.”

Com o consumidor mais atento, informado e exigente, a autenticidade deixou de ser opcional. Hoje, propósito e narrativa não são mais recursos de posicionamento, são estruturas de sustentação. Como apontam os dados e reforçam os especialistas, o futuro das marcas passa necessariamente por construir vínculo, comunicar com verdade e entregar experiências que façam sentido além do consumo.